Esta é a informação que faltava, para que a entrevista ao investigador Jorge Palma pudesse ficar concluída e completa. A informação é sobre comportamentos e características dos cavalos-marinhos na reprodução, mas também relativamente aos juvenis desta espécie.

Os cavalos-marinhos repetem várias vezes a cópula durante a época reprodutiva que está compreendida entre os meses de Abril a Outubro, caso as condições ambientais o permitam e a condição física dos pais seja favorável, o número de emissão de juvenis é em média 500. Caso a fêmea esteja em boa condição física não só serão produzidos mais ovos como também serão melhores. No ambiente natural o número de juvenis emitidos varia entre os 100 a 400/500, enquanto que em cativeiro varia entre os 600 a 800 juvenis, aproximadamente.
A espécie de cavalos-marinhos com maior fecundidade é a Hippocampus hippocampus em que o macho emite em média 600 juvenis, no caso da espécie Hippocampus guttulatus o macho emite entre 300 a 400 juvenis. Como em todas as restantes espécies de seres vivos, não irão sobreviver todos os juvenis pois caso não obtenham alimento nas primeiras 24 horas após a sua emissão começam a perder a sua mobilidade, acabando por morrer. Em cativeiro, 60% dos juvenis sobrevivem , já no meio natural uma percentagem tão elevada de sobrevivência não se verifica, devido às reduzidas dimensões e pelo facto de se manterem na coluna de água são mais facilmente predados. A partir das duas semanas de vida, estes começam a prender-se no substrato (por exemplo nas pradarias marinhas), imitando o comportamento dos progenitores.
Gostaria de agradecer, não só eu, mas todo o grupo, ao investigador Jorge Palma por se ter disponibilizado a responder e a esclarecer algumas das dúvidas que tínhamos em relação aos cavalos-marinhos. Esta entrevista foi muito importante como fonte de informação para podermos sensibilizar e informar as pessoas.
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