Na passada segunda-feira, 31 de Janeiro, estive juntamente com a Ana a pesquisar sobre as pradarias marinhas e estas foram algumas das informações que encontrámos:
Qual a sua função ecológica?
É um ecossistema muito importante, quer do ponto de vista ecológico quer económico, pois proporciona habitats para outras espécies de fauna e flora, aumentando a biodiversidade marinha. Funcionam como refúgio contra predadores para várias espécies nos estados larvares e juvenis e como suporte das posturas, como por exemplo o choco e o búzio.
São um verdadeiro filtro biológico pois absorvem os nutrientes da água e aumentam a sedimentação de matéria em suspensão e dos sedimentos, e contribuem consideravelmente para a qualidade da água dos estuários e das praias. Para além disso, estabilizam os fundos arenosos e evitam os movimentos dos sedimentos, controlando a erosão costeira ao dissiparem a energia das ondas e das correntes. As pradarias marinhas são consideradas um dos sistemas mais produtivos da biosfera e desempenham um papel activo na minimização do fenómeno do aquecimento global, uma vez que fixam carbono, reduzindo a quantidade de
CO2 atmosférico.
Que espécies poderemos encontrar associadas?
Nas águas portuguesas é possível encontrar, entre outras, espécies emblemáticas como cavalos-marinhos (Hippocampus hippocampus e Hippocampus ramulosus), raias (Raja undulata), ratões (parecido a uma raia) (Myliobatis aquila) e tremelgas (peixe que dá choques na ordem dos 200V) (Torpedo torpedo) e espécies de elevado valor comercial como sargos (Diplodus sargus), chocos (Sepia officinalis), amêijoas (Ruditapes decussatus e Spisula solida) e polvos (Octopus vulgaris).
Ameaças mais comuns
As ameaças mais comuns são, a poluição da água, a utilização de artes de pesca de arrasto para colheita de bivalves, dragagens e construção de marinas e portos, a ancoragem desordenada de embarcações, a navegação fora de canais de navegação, o enchimento artificial de praias.
Os melhores comportamentos e atitudes a ter são:
- Não deitar lixo no mar, rios, rias, lagoas e estuários.
- Evitar navegar em zonas de pouca profundidade.
- Evitar abandonar as redes de pesca e praticar o arrasto em zonas com pradarias marinhas.
- Os praticantes de mergulho, caça submarina ou apneia, deverão evitar tocar nos cavalos-marinhos, espécie muito comum nas pradarias marinhas, e arrancar as ervas marinhas.
- Colaborar na limpeza do fundo marinho levando o lixo que encontra durante os seus mergulhos.
Realizámos a pesquisa nestes sites:
http://www.pradariasmarinhas.com/pradarias_junior.pdf
http://www.pradariasmarinhas.com/
http://www.ccmar.ualg.pt/biomares/pradarias_marinhas.html
http://www.cienciaviva.pt/rede/oceanos/materiai/Ervas%20marinhas%20Ecologia%20e%20Producao%20Primaria%20Joao%20Silva.pdf