Na passada segunda-feira, dia 10 de Janeiro, desloquei-me até Universidade do Algarve (Faro), juntamente com as minhas colegas de grupo, para que pudéssemos trocar impressões e obter mais informações junto do investigador do Centro de Ciências do Mar, Jorge Palma (com o qual já tínhamos comunicado via e-mail), acerca do projecto que envolve o declínio dos cavalos-marinhos na Ria Formosa.

Para além deste investigador, fomos informadas de que outro investigador, Miguel Correia, que também tem acompanhado este projecto, nos iria levar até ao Ramalhete, a Estação Experimental de apoio à investigação. Esta estação, que outrora fora um armazém pesqueiro, encontra-se junto à Ria Formosa e actualmente é onde são mantidos cavalos-marinhos em cativeiro para o estudo dos mesmos (fundamental ao desenvolvimento do projecto). Aqui foi possível visualizar com maior detalhe a morfologia dos cavalos-marinhos e observar quais são os seus comportamentos. Conhecimentos como a alimentação (de que são alimentados, o facto de não possuírem um estômago), no que influenciam condições físicas do habitat (a temperaturas de água mais elevadas, 28ºC, é quando estes acasalam e dão à luz), as diferenças entre os cavalos-marinhos que se encontram em cativeiro e não, entre outros, foram explicados de modo a podermos perceber melhor as características destes seres vivos tão fascinantes. Além de termos compreendido como funciona esta estação, também ficámos com uma melhor percepção geográfica do local.
Novamente na Universidade, no gabinete do investigador Jorge Palma, realizámos uma pequena entrevista, na qual o mesmo responde a algumas questões.
Esta ida a Faro foi fundamental, não só pelo facto de termos adquirido novos conhecimentos em relação a estes animais, que muitos desconhecem a sua existência em águas nacionais, mas também pude ter maior consciência e percepção de que é necessário muito esforço e dedicação de toda a equipa de investigação para desenvolver e concluir um projecto que envolva seres-vivos.
 |
(À esq, o investigador Miguel Correia e à dir. o investigador Jorge Palma) |
Sem comentários:
Enviar um comentário